Fundado em João Pessoa/PB, o Instituto dos Cegos da Paraíba iniciou as atividades em 16 de maio de 1944, pela senhora Adalgisa Duarte da Cunha, com o intuito de oferecer aos cegos o acesso à educação, dando-lhes autonomia para trabalhar e garantir a subsistência, sem a necessidade de recorrerem à mendicância, muito comum à época.
Com a inauguração do Instituto, os deficientes visuais do estado passaram a ter contato com o Braille, sistema de escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa, e para isso, fez-se necessária a vinda de professores de outros estados, devido à falta de profissionais qualificados, na Paraíba.
Além do ensino do Braille, as pessoas atendidas pelo Instituto dos Cegos da Paraíba, começaram a aprender a gramática da língua portuguesa, matemática e música, quebrando o paradigma de que apenas pessoas com plena visão poderiam ser educadas.
A senhora Adalgisa Duarte da Cunha, presidente da Instituição à época, dedicou-se também ao trabalho de conscientização da população em geral sobre como lidar com os cegos em diversas situações do cotidiano, a exemplo do trânsito, para garantir a segurança das pessoas com deficiência nas vias públicas.
Na década de 60, a entidade passou a chamar-se Instituto dos Cegos da Paraíba Adalgisa Cunha, em homenagem à fundadora.
Desde a fundação na década de 40, até o final da primeira década dos anos 2000, centenas de crianças e adolescentes, de vários municípios do estado, passaram pelo ICPAC, como internos. Muitos dos alunos egressos entraram em universidades e alguns chegaram a conquistar o título acadêmico de doutor.
Em 2009, o ICPAC inaugurou a primeira estação digital para pessoas cegas da Paraíba, equipada com 10 computadores adaptados e dotados do sistema Dos-Vox, um software que transforma em arquivos de som os textos exibidos no site que os usuários acessam.
Em 2013, o Instituto deu mais um passo importante, firmando convênio com a Secretaria de Saúde do município de João Pessoa. Com a parceria, ampliou o perfil dos usuários atendidos na Instituição, passando a abranger, além de deficientes visuais, pessoas com deficiência intelectual, transtornos do espectro do autismo, crianças com paralisia cerebral e síndromes. O ICPAC passou a oferecer atividades de reabilitação como estimulação precoce e estimulação visual, com atendimento nas áreas de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional.
No ano de 2015, o ICPAC instalou um consultório oftalmológico com equipamentos de alta tecnologia e os profissionais mais qualificados da área, dentro da Instituição, com atendimento voltado para pessoas com deficiência visual, crianças com microcefalia, pessoas com patologias oculares, familiares e trabalhadores do instituto.
Em 2016, o Instituto implantou o serviço de práticas integrativas e complementares (Reiki, Meditação, Yoga, Terapia com Florais, Shiatsu, Acupuntura e Danças Circulares).
Em 2018, através de um contrato com o Detran/PB, o ICPAC começou a desenvolver ações para incentivar a empregabilidade de deficientes, passando a ter em seu quadro de funcionários, 78 pessoas com deficiência.
No dia 04 de dezembro de 2019, foi publicada, no Diário Oficial da União, a portaria Nº 3.164, que habilitou o Instituto em CER II (Centro Especializado em Reabilitação), ampliando o atendimento a pessoas com deficiência intelectual e transtornos do espectro do autismo.
Além de atendermos a pessoa com deficiência intelectual, continuamos oferecendo atendimento a cegos e pessoas com baixa visão de todas as idades, desde recém-nascidos, até idosos. Aos bebês são oferecidos serviços de estimulação visual, fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional, de acordo com as necessidades individuais. Para crianças e adultos continua a ser oferecido o atendimento educacional especializado (AEE) do Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Para os idosos, o ICPAC representa um espaço de desenvolvimento, convívio e integração social.
Atualizado em 06/02/2020