Por Allan Oliveira
O novo coronavírus já infectou centenas de milhares de pessoas por todo o mundo e já matou mais de 16 mil pessoas. Idosos, pessoas com doença respiratória, diabetes ou hipertensão estão no grupo de risco da doença. A pandemia forçou milhões de pessoas em todo o mundo a manter a higiene redobrada e a limitar o contato físico com pessoas e objetos, no intuito de diminuir as chances de contágio, já que ainda não há tratamentos eficazes contra a doença comprovados cientificamente.
No entanto, para pessoas com deficiência visual e baixa visão, essas restrições se mostram como mais um obstáculo, que aumentando a vulnerabilidade desse grupo de pessoas que já enfrentam dificuldades para na rua, acessar o transporte público ou ir às compras.
Weverton Silva, usuário do ICPAC, contou como está lidando com o covid-19: “A gente que não enxerga, precisa usar bastante as mãos, por isso estou tentando deixa-las sempre limpas”.
O professor do Instituto dos Cegos, Gilson Batista, comentou sobre os cuidados redobrados na rotina: “Estou sempre utilizando o álcool em gel ou o álcool normal para limpar as minhas mãos e as de quem está ao meu redor, além de usar o papel toalha ao fechar a torneira, quando lavo as mãos, para evitar a contaminação.”
Como medida de segurança, o Instituto dos Cegos da Paraíba Adalgisa Cunha suspendeu o atendimento ao público até o dia 03 de abril, no intuito de proteger os nossos usuários de possíveis contaminações.
Confira uma lista de cuidados recomendados pela Sociedade Brasileira de Visão Subnormal e o Conselho Brasireiro de Oftalmologia, CBO:
• É necessária a higienização das bengalas, com água e sabão ou álcool líquido a 70%, uma vez ao dia ou sempre após deslocamento externo;
• A higienização de óculos e lentes também deve ser incorporada aos hábitos diários.
• Quando aceitar ajuda de outras pessoas na rua, pegue no ombro, em vez do cotovelo, porque a recomendação é tossir e espirrar no antebraço;
• Sempre que possível, evite o contato com outras pessoas. Pratique o distanciamento social, evitando apertos de mão, abraços e beijos no rosto. Cumprimente à distância;
• Ao ter contato com outras pessoas na rua, lave o rosto com água e sabão, principalmente o nariz, com água em abundância;
• Evite levar as mãos aos olhos, nariz e boca, pois são locais de alta contaminação;
• Pacientes com doenças oculares devem evitar o contágio, pois ele pode ocasionar o agravamento da doença, principalmente em pessoas com baixa visão.
Passo a passo para a limpeza correta das mãos:
• O tempo ideal para a limpeza das mãos é de, no mínimo, 30 segundos;
• Comece esfregando as palmas das mãos uma na outra, com fricção moderada;
• Lave da mesma forma o dorso das mãos;
• Cruze os dedos das duas mãos e faça movimento de zigue-zague com bastante sabão debaixo d’água;
• Junte as pontas de todos os dedos de uma mão e limpe na palma da outra em movimentos circulares. Repita o processo invertendo as mãos;
• Lave os pulsos;
• Deixe a água escorrer no sentido do pulso para a ponta dos dedos debaixo da torneira;
• Não compartilhe toalhas (principalmente de rosto) e dê preferência ao papel toalha descartável em locais de uso coletivo;
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