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segunda, 9 de março de 2020
Instrutor e aluno, durante aula de inforática

Por Allan Oliveira

Atualmente, usuários do Instituto dos Cegos recebem aula de informática, semanalmente. Os encontros são individuais, de modo a garantir a completa atenção do professor com os alunos, e duram 45 minutos cada. O serviço é oferecido para pessoas cegas e com baixa visão.

 A Instituição foi aprovada no edital do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente de João Pessoa, através do projeto “Informática Acessível”. A verba do Conselho tem origem da doação de parte do imposto de renda dos contribuintes que manifestam interesse. O Conselho abre o edital para a aprovação de projetos que têm relevância para a sociedade, em várias áreas como cultura, educação, esportes e saúde.

Durante as aulas, o aluno pratica a digitação, aprende a receber e enviar e-mails, criar textos e planilhas, além de interagir pelas redes sociais e fazer pesquisas na internet. Para facilitar a inclusão digital dos deficientes visuais, há o auxílio de programas como Dosvox, sistema de síntese de voz, e NVDA, plataforma para leitura de tela. Além disso, os usuários trazem os seus próprios celulares, para aprender funções específicas do aparelho.

Ibrain Santos, instrutor de informática do ICPAC, falou sobre os objetivos da reabilitação, na área da informática: “A informática aumenta a autonomia do deficiente visual. Mas, claro, é preciso ter instrução, porque muitas vezes a pessoa quer aprender a operar os aparelhos, mas tem dificuldade, muitas até desistem. Por isso, o nosso trabalho é importante”, destacou.

João dos Santos, de 51 anos, comentou como as aulas de informática melhoraram a vida dele: “Eu não sabia nada de informática, me sentia excluído. Aqui, eu já aprendi muita coisa, aprendi a digitar, o manuseio básico e já estou me sentindo importante. Me sentindo parte desse mundo tecnológico.”