Logomarca do Instituto dos Cegos da Paraíba Adalgisa Cunha

segunda, 13 de julho de 2020
Foto de teleatendimento. Mostra duas profissionais e uma criança sendo atendida

Por Allan Oliveira

Em março deste ano, o Instituto dos Cegos da Paraíba Adalgisa Cunha suspendeu os atendimentos presenciais com o intuito de proteger os nossos profissionais e usuários de possíveis contaminações. Porém, muito rapidamente implantou o sistema de teleatendimento com o objetivo de dar continuidade aos respectivos tratamentos, além de incentivar o bem-estar e a adaptação das pessoas à nossa realidade atual.

“O Plano de Ações que o ICPAC desenvolveu dá continuidade ao processo de reabilitação e busca minimizar situações de fragilidades no campo emocional e psicológico que possam surgir devido ao prolongado tempo em domicílio. O teleatendimento foi o recurso escolhido pela instituição para o desenvolvimento de atividades por meio de assistência integral e multidisciplinar, com psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, instrutor de capoeira, pedagogo, musicoterapeuta, prof. educação física, terapeuta  florais(PIC's)atendendo nossos usuários”, destacou Valéria Cavalcanti, presidente do Instituto.

As sessões remotas de reabilitação acontecem na plataforma de preferência do usuário, podendo ser via Skype, Messenger, Whatsapp, dentre outros. Ester Melo, psicopedagoga da Instituição, contou como tem sido a experiência: “O atendimento via online aumentou bastante a participação dos familiares das crianças com deficiência visual e intelectual que atendemos. Hoje, de fato, os pais estão participando do processo. As crianças, que antes usavam o celular apenas para assistir desenhos e jogar, agora estão utilizando o dispositivo para as terapias, que trabalham o desenvolvimento em diversas áreas.”

A pandemia afetou a rotina de todos os paraibanos e trouxe questões psicológicas que precisam ser acompanhadas por um profissional, para evitar o agravamento, é que comentou Eurinete Monteiro, psicóloga do ICPAC: “O apoio e escuta que estamos prestando nesse momento alivia o estresse e a tensão provocados pelas mudanças de rotina e convivência pelos quais estamos passando. O nível de ansiedade está muito alto.”

Michele Guedes é uma das pacientes atendidas por Eurinete e contou como a terapia remota a tem ajudado a lidar com o nervosismo: “A chegada do Coronavírus me abalou muito e entrei num processo de depressão e ansiedade cada vez maior. A terapia com a psicóloga tem sido fundamental para mim. Os atendimentos são excelentes e eu recorro a Eurinete às vezes até fora do expediente. Ela é muito boa profissional.”

Apesar dos desafios que o atendimento remoto impõe, como a falta de contato físico e de uma melhor análise de linguagem corporal feita pelo profissional, Ângela Pimenta, também psicóloga do Instituto, ressaltou a maioria dos pacientes consegue ter uma evolução significativa no processo terapêutico. Principalmente, com o apoio das famílias. “Se nós tivéssemos ficado esse tempo todo sem atendimento, com certeza teríamos grandes prejuízos aos tratamentos, além da quebra do vínculo entre os pacientes e os profissionais”, completou a psicóloga.